A creatina [NH2-C(NH) - NCH2(COOH)-CH3] esta presente nas fibras musculares e no cérebro, é uma substância composta por 3 aminoácidos: Arginina, Glicina e Metionina.
A palavra deriva do grego kreas, que significa carne. Em 1832 o cientista e filósofo francês, Michel Eugene Chevreul, identificou e nomeou a creatina, mas foi Justus von Liebig, cientista alemão, que anos depois começou a promovê-la como substancia importante para aumento de força em trabalhos físicos. A creatina é uma substância composta por 3 aminoácidos: Arginina, Glicina e Metionina.
A creatina também é um suplemento muito
utilizado para o ganho de massa muscular e o aumento de potencia. O músculo
esquelético possui estoques finitos de creatina fosfato (CrP), aproximadamente
26 mmol/kg de peso úmido. Como o estoque de CrP, através da reação da creatina
quinase, é um meio rápido de refosforilar a ADP durante contração muscular, exercícios muito intensos
(≤ 30s) são influenciados pelo estoque de CrP.
Teoricamente,
quanto maior o estoque de CrP, maior a capacidade do músculo esquelético em
manter as concentrações de ATP e sustentar as contrações musculares durante o
exercício intenso. A ingestão de creatina é tipicamente elevada em indivíduos
que não são vegetarianos, sendo o peixe e a carne vermelha as maiores fontes de
creatina na dieta. A suplementação na dieta com pelo menos 15g/dia de creatina
(creatina monoidradata), entre 2 e 7 dias, eleva a quantidade total de creatina
muscular entre 10% e 20% sendo mais de 40% na forma de creatina fosfato. Os
ganhos ocorrem em pessoas com ingestão nutricional adequada de creatina e não
são resultantes de correção de insuficiência da mesma na dieta. Portanto, a
suplementação com creatina pode aumentar tanto a creatina livre como a creatina
fosfato no músculo esquelético em apenas 2 dias, em indivíduos com dieta bem
balanceada.
Pesquisas
têm demonstrado que a ingestão de creatina pode aumentar o desempenho de
exercícios de alta intensidade, além de proporcionar um aumento da massa
corporal em função da retenção de fluidos.
A ingestão prolongada de creatina
(até 28 dias) provoca aumento da massa magra corporal de pessoas envolvidas em
treinamento de força e potência (musculação), supostamente em função do aumento
da síntese protéica, portanto, a creatina não desempenha uma ação por si só, ou
seja, independente do treinamento.
É importante ressaltar que o consumo de 3
gramas/dia resulta, depois de 4 semanas, no mesmo acúmulo de creatina no
músculo obtido na fase de sobrecarga na maioria dos estudos que utilizaram 20g
dia durante 6 dias.
Outro
aspecto importante é aquele relacionado ao uso e segurança, não foram
comprovados efeito adversos sérios devido á suplementação com creatina por até
5 anos, ao contrario do que se imaginava, existem evidências de que a
suplementação com creatina possa beneficiar a saúde influenciando positivamente
o perfil plasmático de lipídios, deficiência na síntese endógena, a
insuficiência cardíaca, doenças neuromusculares e recuperação de lesões
ortopédicas. Pesquisadores acreditam ainda que a creatina aumenta a quantidade
de energia disponível para o cérebro fazer cálculos, melhorando a habilidade
mental como um todo.
Segundo
algumas pesquisas deve-se suspender o consumo de cafeína ao utilizar creatina,
pois, a cafeína reduz o efeito ergogênico da suplementação de creatina.
É claro que uma xicra de café em qualquer outra hora do dia não vai proporcionar tal efeito. O que as pesquisas demonstraram é que o consumo concumitante, ex. "tomar a cafeína junto com a creatina antes do treino".
Referencias:
BARBANTI, V. J. Dicionário de Educação Física e Esporte. Primeira Edição. São
Paulo, Editora Manole LTDA, 1994.
BACURAU, R. F. et. al. Hipertrofia e Hiperplasia: Fisiologia,
Nutrição e Treinamento do Crescimento Muscular. São Paulo, Editora Phorte, 2001.
BACURAU, R. F. Nutrição e
Suplementação Esportiva. São Paulo, Editora Phorte, 2009.
FETT, C. Ciência da Suplementação Alimentar. Rio de Janeiro, Editora Sprint,
2000.
MCARDLE, W. D. et.. al. Fisiologia do Exercício: energia,
nutrição e desempenho humano. Quinta Edição. Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Koogan S. A. 2003.
SIMÃO, R. Fundamentos Fisiológicos para o Treinamento de Força e Potência.
São Paulo, Editora Phorte, 2003.
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