terça-feira, 7 de agosto de 2012

OS BENEFÍCIOS DA CORRIDA


- Acelera o metabolismo, melhorando a disposição física e o humor.
- Melhora a função cardíaca e pulmonar.
- Reduz os níveis de colesterol total e aumenta o colesterol bom (HDL).
- Reduz a pressão arterial.
- Alivia o stress.
- Retarda o envelhecimento.
- Regulariza o hábito intestinal.
- Auxilia a regularizar o sono.
- Fortalece os ossos longos devido ao impacto, pela geração de um campo magnético nas suas extremidades, com conseqüente deposição de cálcio.
-Fortalecem os músculos das costas, pernas, coxas.
- Reduz a incidência e progressão da osteoporose.
- Reduz o surgimento de doenças articulares.
- Auxilia na correção da postura.
- Maior queima de gordura do corpo após 30 minutos.
- Ajuda a evitar e controlar o diabetes.
- Reduz a incidência de câncer de cólon, próstata e mama.
- Ajuda a prevenir e controlar a depressão.
- Melhora o desempenho sexual.
- Melhora a criatividade, a memória e a auto-estima.
- Parece ajudar no controle do hábito do fumo, cafeína e do álcool.
CORRIDA HOMENS DO MATO 26/08/2012


As inscrições estão abertas em diversas categorias divididas por faixa etária, gênero e categorias especiais. Para fazer a inscrição, o atleta deverá estar de acordo com o regulamento da competição.
A XIV Corrida Tenente Neteslau - "Homens do Mato" terá a largada e chegada no Quartel do Comando Geral da PMMT e a X Caminhada Tenente Neteslau - "Homens do Mato" terá largada no Monumento Ulisses Guimarães e chegada no Quartel do Comando Geral da PMMT.

Inscrições no site:

domingo, 5 de agosto de 2012

SEDENTARISMO

Sedentarismo pode matar tanto quanto o tabagismo, diz estudo

Estima-se que 1 em cada 10 mortes está relacionada à inatividade física


Todo mundo sabe que o tabagismo é altamente prejudicial à saúde e que o hábito leva milhões de pessoas ao óbito todos os anos. Mas um novo estudo publicado no The Lancet mostrou que o sedentarismo pode ser tão prejudicial quanto fumar, uma vez que favorece o desenvolvimento de inúmeras doenças crônicas, como o diabetes. A pesquisa foi realizada pela Brigham and Women's Hospital e pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos.
Os especialistas descobriram que não praticar exercícios moderados por, pelo menos, 150 minutos durante a semana (tempo recomendado pelo Centers for Disease Control and Prevention), estava relacionado a 5,3 milhões de mortes no mundo em 2008. O número representa 9% de todas as mortes anuais no planeta. O perigo do mau hábito foi comparado ao do tabagismo, que mata cerca de cinco milhões de pessoas todos os anos.
O número, entretanto, é contestado por Timothy Armstrong, coordenador do programa de vigilância e base-populacional da Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, a estimativa é de que a inatividade física seja responsável por 3,2 milhões de mortes por ano no mundo. Ainda assim, ele reforça que o sedentarismo, de fato, é um importante fator de risco para inúmeras doenças que podem matar, ficando atrás apenas da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto.
Para começar a praticar exercícios, nem sempre é necessário fazer grandes mudanças na rotina. Ir ao trabalho de bicicleta, optar pelas escadas ao invés do elevador ou descer alguns pontos antes do local onde você costuma sair do ônibus também são maneiras de movimentar o corpo.

Conheça as doenças que você pode prevenir ao largar o sedentarismo

Você pode até enumerar uma lista razões para não praticar exercícios - falta de tempo e de dinheiro costumam ser as principais justificativas. Mas será que você realmente conhece os perigos do sedentarismo? Veja a seguir algumas das principais doenças relacionadas à inatividade física.
Diabetes
O aumento da gordura localizada, principalmente na região abdominal, é um dos principais fatores de risco para a resistência à insulina. Isso faz com que esse hormônio não consiga mais agir no organismo, resultando no aumento das taxas de açúcar no sangue.
Câncer
A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, por isso, quem pratica exercícios e, consequentemente, tem maior controle sobre o peso, reduz o risco de ter a doença.
Hipertensão
Se você pensa que o coração de pessoas que são fisicamente ativas trabalha mais se enganou. Como o músculo não é regularmente exercitado, ele acaba se esforçando mais para fazer com que o sangue percorra todo o organismo. Assim, quem pratica exercícios aumenta a capacidade e a resistência cardiovascular.
Obesidade
Excesso de consumo de alimentos ou falta de estímulo para a queima de energia são os grandes responsáveis pela obesidade. Desse modo, além de ajustar a alimentação, é necessário movimentar o corpo para acelerar o metabolismo e, com isso, criar um equilíbrio que leve à manutenção do peso.
Osteoporose
Exercícios também ajudam na formação de massa óssea, reduzindo o risco de osteoporose. Além disso, atividades físicas ainda auxiliam na fixação do cálcio nos ossos.

FONTE:



VARICOCELE

Varicocele designa a formação de varizes nas veias da região do escroto, onde estão alojados os testículos. A dilatação dessas veias prejudica o fluxo sanguíneo local, a troca de nutrientes e leva ao acúmulo de substâncias tóxicas e ao aumento de temperatura. Esses factores podem provocar alterações na quantidade - oligozoospermia - e qualidade dos espermatozóides.

Anatomia
O termo varicocele refere-se especificamente à dilatação e tortuosidade do plexo pampiniforme, que é uma rede de veias que drena o testículo. Este plexo percorre a porção posterior do testículo junto com o epidídimo e o ducto deferente, e então dentro do funículo espermático. Essa rede de veias termina na veia gonadal, ou veia testicular. A veia gonadal direita drena na veia cava inferior, enquanto a veia gonadal esquerda drena na veia renal esquerda, que drena então para a veia cava inferior.
Os pequenos vasos do plexo pampiniforme geralmente variam de 0,5-1,5 mm em diâmetro. A dilatação destes vasos em mais de 2 mm é chamada de varicocele.



 Sintomas

Os sintomas da varicocele podem incluir:
  • Dor no testículo
  • Sensação de peso no(s) testículo(s)
  • Diminuição (atrofia) do(s) testículo(s)
  • Veia aumentada visível ou palpável (capaz de ser sentida)

 Diagnóstico

O diagnóstico da varicocele pode ser feito pelo exame físico através de manobras que aumentem a pressão abdominal (como tossir, força de defecação) fazendo com que as veias inchem, e o médico ou enfermeiro possa palpar essas veias. Para confirmar o diagnóstico deve ser feito um exame chamado Eco Doppler, no qual é possível verificar se realmente há refluxo de sangue, além de conseguir medir a intensidade desse refluxo. Os vasos do plexo pampiniforme apresentarão dilatação superior a 2 mm.

Prognóstico

A varicocele geralmente não causa danos e não requer tratamento. Se for necessária uma cirurgia devido à infertilidade ou atrofia testicular, a aparência final geralmente é excelente. A remoção da varicocele pode fazer com que as temperaturas testiculares fiquem normais e que haja uma produção aumentada de espermatozóides.

 Tratamentos

O tratamento da varicocele é cirúrgico. Na cirurgia "fecham-se" as veias do plexo venoso testicular, curando a varicocele. No entanto, esta cirurgia pode ter complicações em 5% dos casos[3], como a hidrocele (doença em que se acumula água no escroto, e dependendo do tamanho será tratada por esclerose ou cirurgia).

FONTE:

 

SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ

A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é uma doença desmielinizante caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina (membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso) dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos (nervos que emergem de uma parte do cérebro chamada tronco cerebral e suprem às funções específicas da cabeça, região do pescoço e vísceras).

Histórico
Em 1859, o médico francês Jean B. O. Landry descreveu um distúrbio dos nervos periféricos que paralisava os membros, o pescoço e os músculos respiratórios. Em 1916, três médicos parisienses: Georges Guilliain, Jean Alexander Barre e André Strohl, demonstraram a anormalidade característica do aumento das proteínas com celularidade normal, que ocorria no líquor dos pacientes acometidos pela doença.
Desde então, vários investigadores se interessaram pela síndrome, colhendo informações adicionais sobre o distúrbio, e demonstrando que outros músculos, além do grupo muscular dos membros e da respiração, poderiam ser afetados, como os da deglutição, os do trato urinário, do próprio coração e dos olhos.

 Causa

A síndrome de Guillain Barré tem caráter autoimune. O indivíduo produz auto-anticorpos contra sua própria mielina. Então os nervos acometidos não podem transmitir os sinais que vêm do sistema nervoso central com eficiência, levando a uma perda da habilidade de grupos musculares de responderem aos comandos cerebrais. O cérebro também recebe menos sinais sensitivos do corpo, resultando em inabilidade para sentir o contato com a pele, dor ou calor.
Em muitas pessoas o início da doença é precedido por infecção de vias respiratórias altas, de gastroenterite aguda (por campylobacter) e antecedentes de infecções agudas por uma série de vírus tais como: Epstein Barr, citomegalovirus, HTLV, HIV, e diversos vírus respiratórios têm sido descritos. Em 2010, uma pesquisa realizada pela UFRJ, constatou que o vírus da Dengue pode ser um dos causadores (visto que 1-4% das pessoas com dengue desenvolveram a síndrome)

Incidência

A incidência anual é de 2-4 casos por 100.000 habitantes na América do Norte.(3) Os padrões epidemiológicos são semelhantes no mundo inteiro.

 Manifestações clínicas

  • Dor nos membros inferiores seguida por fraqueza muscular progressiva de distribuição geralmente simétrica e distal que evolui para diminuição ou perda dos movimentos de maneira ascendente com flacidez dos músculos
  • Perda dos reflexos profundos de início distal, bilateral e simétrico a partir das primeiras horas ou primeiros dias
  • Sintomas sensitivos: dor neurogênica, queimação e formigamento distal
Pode haver alteração da deglutição devido a acometimento dos nervos cranianos XII, X e IX (relacionados com a deglutição), e paralisia facial por acometimento do VII par craniano (que inerva os músculos da face); a paralisia facial pode ser bilateral
  • Comprometimento dos centros respiratórios com risco de parada respiratória
Sinais de disfunção do Sistema Nervoso Autônomo traduzidos por variações da pressão arterial (pressão alta ou pressão baixa), aumento da freqüência ou arritmia cardíaca, transpiração, e, em alguns casos, alterações do controle vesical e intestinal
  • Alteração dos movimentos dos olhos decorrente de acometimento do III, IV e VI nervos cranianos e ataxia cerebelar (déficit de equilíbrio e incoordenação) associada a ptose palpebral (pálpebra caída) e perda dos reflexos sobretudo na variante Miller-Fisher
  • Assimetria importante da fraqueza muscular ou da perda de movimento, distúrbios graves de sensibilidade e disfunção vesical ou intestinal persistentes induzem questionamentos embora não excluam o diagnóstico

 Exames complementares

  1. O exame de líquido cefalorraquidiano (líquido que circula entre o cérebro ou medula e os ossos do crânio ou da coluna respectivamente) demonstra elevação importante da proteína com número de células normal ou próximo do normal a partir da primeira ou segunda semana. Nas infecções do sistema nervoso central (meningoencefalites), um dos diagnósticos diferenciais, a proteína é elevada e o número de células também. Líquido cefalorraquidiano normal não exclui o diagnóstico quando este é feito na primeira semana. O aumento máximo de proteínas no líquido cefalorraquidiano acontece após quatro a seis semanas de início dos sintomas da doença.
  2. A eletrofisiologia ou eletroneuromiografia (exame que mede a atividade elétrica dos músculos e a velocidade de condução dos nervos) demonstra diminuição da velocidade de condução nervosa (sugestiva de perda de mielina) podendo levar várias semanas para as alterações serem definidas.

 Tratamento

Na fase aguda, primeiras quatro semanas de início dos sintomas, o tratamento de escolha é a plasmaferese ou a administração intravenosa de imunoglobulinas.
  • Fase Aguda
  1. Havendo insuficiência respiratória (10 -30% dos casos), o paciente deve permanecer em Unidade de Terapia Intensiva.
  2. Na presença de distúrbios da deglutição, a alimentação deve ser oferecida por uma sonda que vai da boca até o estômago. É necessário o acompanhamento do profissional de Fonoaudiologia para reabilitar e adequar a transição de via alternativa (SNG) para via exclusiva oral. Este profissional pode avaliar quais são as consistências de alimentos seguras sem o risco de broncoaspiração.
  3. Plasmaferese (método no qual todo o sangue é removido do corpo e as células do sangue são separadas do plasma ou parte líquida do sangue, e então, as células do sangue são infundidas no paciente sem o plasma, o que o corpo rapidamente repõe) nas primeiras quatro semanas de evolução da doença para pacientes gravemente envolvidos. Embora seja um dos tratamento de escolha, não se conhece exatamente seu modo de ação, mas acredita-se que seja pela retirada do plasma contendo elementos do sistema imunológico que podem ser tóxicos à mielina.
  4. Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intravenosa podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
  5. Posicionamento adequado no leito objetivando prevenir o desenvolvimento de úlceras de pele por pressão ou deformidades articulares.
  6. É necessário um acompanhamento de um Fisioterapeuta para estimular a movimentação passiva das articulações durante todo o período que precede o início da recuperação funcional, manter a amplitude de movimento das articulações e assim evitar deformidades secundárias, mater a força muscular e prevenir complicações respiratórias e circulatórias.
  • Fase de Recuperação
  1. Reforço da musculatura que tem alguma função.
  2. Órteses leves objetivando favorecer a deambulação na presença de fraqueza distal persistente.
  3. Havendo deficiência motora importante após dois anos do início da doença, o programa de tratamento deve objetivar o maior grau de independência possível na locomoção e nas atividades de vida diária (atividades do dia-a-dia de uma pessoa).
  4. Nessa fase as intervenções do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional são indispensáveis.

 Prognóstico

Melhora clínica, eletrofisiológica e funcional acontece, geralmente, até 18 meses após o início da doença. Porém, o espectro clínico da síndrome de Guillain-Barré é muito amplo. A maioria das pessoas acometidas se recuperam em três meses após iniciados os sintomas. A necessidade de ventilação mecânica e a ausência de melhora funcional três semanas após a doença ter atingido o pico máximo são sinais de evolução mais grave.

FONTE:

CONDROMALÁCIA PATELAR

A Condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral, ou "joelho de corredor") consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
A condromalácia patelar refere-se ao joelho que foi estruturalmente danificado, enquanto que o termo mais genérico síndrome da dor patelo-femural se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos. Porém, eventualmente, mudanças causadas por reações inflamatórias internas da cartilagem produzem um dano estrutural muito mais difícil de ser tratado.

Segundo a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem.[1]

GRAUS E CARACTERÍSTICAS
  • I - amolecimento da cartilagem e edemas
  • II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
  • III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm
  • IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral ( fonte CDA - Centro de Diagnósticos Avançados)

Sintomas

Os principais sintomas são: dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela, ocorrem principalmente quando o joelho é flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).
    Causas
    A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
    O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.
    As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.

    Recomendações:
  • Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho.
  • Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto. É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.
  • É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga.
  • Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios.
  • Colocar gelo no joelho após os exercícios.
  • Evitar subir e descer escadas.
  • Garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
  • Manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos.
  • Não sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão.(1)
  • Quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.
  • Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios.
  • Evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perdendo peso se necessário.
  • É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um ortopedista, fisioterapeuta, para receber o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de educação física. As orientações dadas aqui podem ser excluídas com o tempo.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves). Sendo a Condromalácia uma condição que afeta a cartilagem rotuliana é aconselhado um suplemento alimentar ou medicamento que tenha Glucosamina e Condroitina, não deve ser apenas um dos componentes mas ambos. A Glucosamina lubrifica toda a articulação e a Condroitina, sendo a substância componente dos Condrócitos (células presentes no tecido das cartilagens articulares) ajudará à regeneração da zona lesada. O tratamento deverá ser prolongado com indicação médica ou do Fisioterapeuta pelo um período superior ao do fim das queixas.
Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.

Referências:








quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FRATURA POR ESTRESSE

Constitui 10 % ou mais de todas as lesões dos corredores.
Este é um problema que antes era restrito aos atletas de alta performance (alto impacto) e militares (marcha por longa distância) e deve ser lembrado por quem pratica e lida com atividade física.
Com o aumento do número de praticantes de esportes e a sobrecarga extra que às vezes chega a ultrapassar a resistência fisio-histológica do osso (principalmente corrida) e também da intensidade dos treinos, as fraturas por estresse podem acontecer por causa de esgotamento muscular (esforço excessivo) e a falta de absorção de impactos acumulativos. Invariavelmente, os músculos fadigados transferem a sobrecarga do estresse para o osso ocorrendo a fratura por estresse.
O que é fratura por estresse?
As fraturas por estresse são fissuras microscópicas dos ossos, causadas por uma soma de quantidade de impacto. Esse esforço físico repetitivo aumenta as solicitações ósseas que, quando ultrapassam a resistência normal, ocorre a substituição da deformação elástica pela deformação plástica, isto é, não há retorno à situação anterior e, caso as exigências continuem, instalam-se microfraturas, prevalecendo então a reabsorção óssea. Nesta fase da evolução, tem-se uma alteração fisiológica, a fratura, no entanto sem aparente comprometimento anatômico (deformidade).
Como acontece?
Pode se originar de um aumento muito rápido da intensidade, volume ou mesmo de uma mudança no tipo de treino (troca de calçado, tipo de piso, programa de saltos, etc).
A fadiga muscular pode também ter papel importante na ocorrência de fraturas por estresse. Para cada milha que um corredor percorre, mais de 110 toneladas da força devem ser absorvidas pelos pés. Os ossos não são feitos para absorver muita energia e os músculos agem como absorventes de choque adicionais. Mas, quando os músculos se tornam cansados e param de absorver a maioria da energia, as quantidades mais altas de choque vão para os ossos.
O osso envolvido é submetido a uma carga excessiva sem o devido respeito aos princípios de progressão e repouso, e inicia-se uma fratura da parte mais interna do osso (trabéculas ósseas), que pode, se não tratado, progredir para uma fratura completa (incluindo a cortical).
Qual a incidência?
Estudos têm mostrado resultados que indicam que as mulheres têm mais fraturas por estresse do que os homens. Muitos ortopedistas atribuem este fato a uma condição conhecida como “a tríade da atleta feminina”:
- desordem alimentar (bulimia ou anorexia),
- amenorréia (ciclo menstrual ausente) e
- osteoporose. Quando a massa óssea da mulher diminui, aumentam as chances de ocorrer uma fratura por estresse.
As fraturas por estresse ocorrem menos freqüentemente nos africanos comparados aos caucasianos devido a um BMD mais elevado (densidade mineral do osso).
A incidência aumenta provavelmente também com a idade devido às reduções da BMD.
Quais ossos são acometidos?
Os ossos dos membros inferiores são os mais acometidos, principalmente os ossos do pé, tíbia, fíbula e fêmur, cuja origem é a sobrecarga de forma intensa, mal realizada ou sem o devido intervalo de recuperação.
Quais são os sintomas?
A fratura por estresse tem geralmente uma lista estreita dos sintomas.
  • Uma área generalizada de dor no membro acometido,
  • Enfraquecimento e
  • Dor ao pisar (carga)
  • Edema e equimose (roxo) são raros
Como é feito o diagnóstico?
Há uma discrepância entre a clínica referida pelo paciente e os achados radiológicos, pois o RX em geral é normal (a não ser em fases mais tardias, em torno de 15 dias, onde pode aparecer uma formação de um calo ósseo discreto no local da fratura). Nas fases iniciais, em torno de 80% das fraturas de estresse não são evidentes nas radiografias.
É necessária para confirmação diagnóstica os método como Ressonância Magnética ou Cintilografia Óssea, que apresentam uma boa sensibilidade.
A cintilografia óssea detecta a fase inicial da fratura em cerca de 95% dos casos em menos de 24h da lesão.

Nos exemplos abaixo podemos verificar a RM e a cintilografia de dois corredores que apresentaram fratura por estresse no calcâneo e outra na tíbia.


Figuras mostram fraturas por estresse no calcâneo pela RM (acima)
e na tíbia por cintilografia óssea (abaixo).
Como é o tratamento da fratura por estresse?
O tratamento é conservador, com repouso relativo, isto é, afastado de toda e qualquer atividade de impacto, podendo o atleta realizar atividades na água e exercícios de fortalecimento e alongamento para manter sua condição muscular e cárdio-respiratória.

1 - Repouso: indivíduos precisam repousar da atividade que causou a fratura por estresse e realizar atividades sem dor e sem impacto durante 6 a 8 semanas para que ocorra a cura da fratura. Se a atividade que causou a fratura por estresse é retomada muito rapidamente, podem se desenvolver fraturas maiores, e mais difíceis de curar. Uma recidiva também pode levar a problemas crônicos.

2 - Calçado adequado: com bom amortecimento e o descanso apropriado podem evitar este tipo de lesão.
3 - Substituição: trocar a corrida por outra atividade aeróbia sem impacto como a natação ou o ciclismo e quando voltar a correr, iniciar em terreno macio ou grama.
4 - Após o período de recuperação, outras 2 semanas da atividade suave sem nenhuma dor podem ser recomendadas antes que o osso possa com segurança ser considerado apto e a atividade puder gradualmente aumentar.
5 - A reabilitação consiste geralmente no treinamento da força de músculo para ajudar dissipar as forças excessivas transmitidas aos ossos. Em alguns casos, um estimulador eletrônico pode ser usado. Eletromagnética estimula o osso fazendo com que o osso coloque para fora mais energia, fortalecendo-o.
6- Nas fraturas severas por estresse, a cirurgia pode ser necessária para adequada readaptação e redução anatômica apropriada. O procedimento pode envolver fixação do local da fratura, e a reabilitação faz-se numa média de seis meses.
Como é feita a prevenção?
Aumente lentamente qualquer atividade esportiva nova. Por exemplo, não comece a correr 7 – 8 km por dia. Corra em dias alternados distância pequena.
• Intensidade e aumento do treino recomenda-se um acréscimo de até 10% semanal. Isto permite que os ossos adaptem-se ao estresse adicionado assim podendo suportar no futuro quantidades maiores de estreses.
• Alongamentos ajudam também a construir mais força muscular nos pés.
• Aumentar a ingesta de cálcio e da vitamnia D, dependendo do indivíduo.
• Também, é importante monitorar a alimentação porque a nutrição tem papel vital no desenvolvimento do osso. Determinados indivíduos tem maior risco de osteoporose.
• Utilize equipamentos adequados. Tênis novos, macios e com amortecedores de impacto, adequados a sua modalidade.
• Se houver dor ou edema, pare imediatamente a atividade e repouse por alguns dias. Se a dor persistir, procure um ortopedista.
Quais são os diagnósticos diferenciais?
As principais doenças envolvidas no diagnóstico diferencial são as periostites, a doença de Ribbing (esclerose múltipla diafiseal), as osteonecroses, as fraturas de insuficiência, a osteomielite, os tumores ósseos e o trauma ósseo. Doenças que poderão ser discutidas nos próximos artigos.
REFERÊNCIAS
1. Minoves M. La gammagrafía ósea en el diagnóstico y valoración de las lesiones deportivas. Rev Esp Med Nucl 2001;20:132-55. [Medline]
2. Cudnowski D, Carek PJ. A unique leg injury in a dancer. Phys Sport Med. 2002; 30: http://www.physsportsmed.com/issues/2002/12_02/cudnowski answer.htm (06.06.2004).
3. Drubach LA, Connolly LP, D'Hemecourt PA, Treves ST. Assessment of the clinical significance of asymptomatic lower extremity uptake abnormality in young athletes. J Nucl Med 2001;42:209-12. [Medline]
4. Zwas ST, Elkanovitch R, Frank G. Interpretation and classification of bone scintigraphic findings in stress fractures. J Nucl Med 1987;28:452-57. [Medline]
5. Habibian MR, Delbeke D, Martin WH, Sandler MP. Nuclear Medicine Imaging. A Teaching File, 1999:553-61.
6. Fredericson M, Bergman G, Hoffman KL, Dillingham MS. Tibial stress reaction in runners: correlation of clinical symptoms and scintigraphy with a new magnetic resonance imaging grading system. Am J Sports Med 1995;23:472.
7. McBryde AM. Stress fractures in runners. Clin Sports Med 1985;4:737-52. [Medline]
8. The American Academy of Orthopaedic Surgeons.
9. Reeser, Johnathan C., MD, PhD. (2004, outubro 1). Fratura do Stress. eMedicine. http://www.emedicine.com/pmr/topic134.htm
por Dra. Ana Paula Simões da SilvaOrtopedista especializada em medicina e cirurgia do pé e tornozelo
Médica assistente do grupo de trauma esportivo da Santa Casa de São Paulo
Médica da Seleção Brasileira de futebol feminino