A respiração é "Automática", o movimento da respiração quase não é notado. Apenas fazemos. Mas
controlar esse ato involuntário pode ser um problema durante a corrida,
principalmente para os iniciantes. Na verdade, o mais importante é que durante
a corrida o atleta deixe a respiração o mais natural possível, não tentando
ritmá-la com as passadas, que é um grande erro. “O corpo sabe quando e quanto precisa de
oxigênio”.
Acredita-se que uma das grandes causas do baixo rendimento dos atletas em provas
ou treinos é quando se respira pela boca. “A inspiração pela boca acaba
ressecando as vias aéreas. Além disso, o nariz possui uma espécie de ‘filtro’
para impurezas maiores do ar inspirado. Com isso a respiração fica mais
difícil”.
A respiração
Não existe regra ou base científica que diga como deve
ser a respiração, de boca aberta ou fechada.
Quando recebemos uma orientação que corrige a nossa respiração,
podemos estar atrapalhando o sistema regulador. Este tem um centro de controle
no cérebro que recebe informações detectadas por receptores sensíveis às
variáveis que a respiração controla.
Objetivamente, a
quantidade e a qualidade de oxigênio no sangue é diretamente controlado pela respiração. Não só o oxigênio, mas também o
gás carbônico. Os receptores detectam os níveis de oxigênio e gás carbônico no
sangue.
Todas as informações são levadas ao centro regulador, que ajusta a
respiração para manter esses níveis na faixa normal. O ajuste é feito pelo
controle do centro regulador sobre os músculos respiratórios, aumentando ou
diminuindo a respiração. Todo esse mecanismo funciona de maneira autônoma, ou
seja, independente do controle voluntário. Então fica mais fácil entender por
que ninguém precisa pensar em respirar.
Dor do
lado
Também conhecida como “dor no flanco”, ela aparece no hipocôndrio —
parte baixa do abdome —, na região do fígado, logo abaixo das últimas costelas
do lado direito (e, raramente, no esquerdo). Surge sempre como uma dor intensa
e aguda no decorrer de exercícios, principalmente durante a corrida ou a
natação. Essa dor se deve a uma momentânea falta de oxigênio no diafragma
(importante músculo que é essencial para a respiração) ou a uma distensão nos
ligamentos suspensores do fígado. Quando o corredor sente a
dor, sua primeira reação é parar, mas não é necessário suspender o treino.
Basta diminuir a intensidade da corrida que a dor desaparece em pouco tempo,
permitindo que se retorne ao ritmo anterior.