Que tal
fazer uma experiência? Vá até a cozinha, pegue o açucareiro, uma colher de chá
e um copo de vidro. Agora coloque, uma a uma, 28 colheres (de chá) cheias de
açúcar no copo. Sobe rápido, não é? Se você estiver em seu juízo perfeito, vai
hesitar em engolir todo este açúcar… pois saiba que isto é o que o brasileiro
médio está consumindo por dia!!! E se você é um adolescente, provavelmente este
consumo pode chegar a 40 colheres de chá por dia. O copo encheu e derramou, e é
por isso que estamos cada vez mais gordos.
Fora da
média
Acima foi citado o consumo médio, pegando todo o açúcar consumido no país e dividindo pelo número de habitantes. Sabemos que nem todos são formigas, então tem gente consumindo muito mais do que esta quantidade absurda. Veja o exemplo abaixo (*um dia hipotético).
Acima foi citado o consumo médio, pegando todo o açúcar consumido no país e dividindo pelo número de habitantes. Sabemos que nem todos são formigas, então tem gente consumindo muito mais do que esta quantidade absurda. Veja o exemplo abaixo (*um dia hipotético).
Um pouco
de matemática
1 colher de chá cheia = 5 gramas
28 colheres de chá = 140 gramas = 560 calorias
40 colheres de chá = 200 gramas = 800 calorias
1 colher de chá cheia = 5 gramas
28 colheres de chá = 140 gramas = 560 calorias
40 colheres de chá = 200 gramas = 800 calorias
Demanda
doméstica por açúcar
Segundo a EMBRAPA e o Ministério da Agricultura (Anuário Estatístico da Agroenergia 2009), o consumo de açúcar no Brasil cresceu expressivamente nos últimos 60 anos. Na década de 1930, o consumo médio anual de açúcar era de 15 quilos por habitante. Já nos anos 1940, esse número aumentou para 22 quilos. Na década de 1950, o consumo passou a ser de 30 quilos por pessoa, passando para 32 quilos nos anos 1960. Em 1970, a média era de 40 quilos e, em 1990, esse índice estabilizou-se em 50 quilos por habitante por ano. Traduzindo, um pouco mais de 4 quilos por mês, ou 1 quilo por semana, ou 140 gramas por dia.
Segundo a EMBRAPA e o Ministério da Agricultura (Anuário Estatístico da Agroenergia 2009), o consumo de açúcar no Brasil cresceu expressivamente nos últimos 60 anos. Na década de 1930, o consumo médio anual de açúcar era de 15 quilos por habitante. Já nos anos 1940, esse número aumentou para 22 quilos. Na década de 1950, o consumo passou a ser de 30 quilos por pessoa, passando para 32 quilos nos anos 1960. Em 1970, a média era de 40 quilos e, em 1990, esse índice estabilizou-se em 50 quilos por habitante por ano. Traduzindo, um pouco mais de 4 quilos por mês, ou 1 quilo por semana, ou 140 gramas por dia.
Sinal dos
tempos
Em 1930 todo mundo era magrinho – o consumo médio era de 15 quilos de açúcar por ano. As fotos daquela época mostram homens e mulheres esguios caminhando pelas nossas cidades. Em 1950 as pessoas dobraram o consumo, e ainda assim, estava todo mundo bem na foto. Hoje tudo mudou, não se come 50 quilos de açúcar por ano impunemente: metade da população brasileira está acima do peso.
Em 1930 todo mundo era magrinho – o consumo médio era de 15 quilos de açúcar por ano. As fotos daquela época mostram homens e mulheres esguios caminhando pelas nossas cidades. Em 1950 as pessoas dobraram o consumo, e ainda assim, estava todo mundo bem na foto. Hoje tudo mudou, não se come 50 quilos de açúcar por ano impunemente: metade da população brasileira está acima do peso.
Produzindo
e consumindo açúcar no Brasil
O Brasil não é apenas o maior produtor mundial de cana, é também o primeiro do mundo na produção de açúcar. Matéria-prima não nos falta: o Brasil é um dos maiores consumidores de açúcar do mundo, totalizando aproximadamente 12,4 milhões de toneladas na safra 2008/09. E este número continua a crescer, principalmente em virtude do aumento no consumo dos produtos industrializados com alto teor de açúcar. Os fabricantes de alimentos, principalmente os de refrigerantes, chocolates e sorvetes, são responsáveis por aproximadamente 50% do consumo doméstico de açúcar (fonte: Wiki Financeiro ADVFN).
O Brasil não é apenas o maior produtor mundial de cana, é também o primeiro do mundo na produção de açúcar. Matéria-prima não nos falta: o Brasil é um dos maiores consumidores de açúcar do mundo, totalizando aproximadamente 12,4 milhões de toneladas na safra 2008/09. E este número continua a crescer, principalmente em virtude do aumento no consumo dos produtos industrializados com alto teor de açúcar. Os fabricantes de alimentos, principalmente os de refrigerantes, chocolates e sorvetes, são responsáveis por aproximadamente 50% do consumo doméstico de açúcar (fonte: Wiki Financeiro ADVFN).
E a
saúde, como fica?
Este exagero adocicado tem uma consequencia óbvia: ganho de peso. Mas tem muito mais. Açúcar em excesso aumenta assustadoramente o risco de doenças cardiovasculares, mais diabetes, osteoporose, doenças inflamatórias, cáries, periodontite, hiperatividade, baixa imunidade, infecções por fungos e cancer. As células de cancer adoram açúcar.
Este exagero adocicado tem uma consequencia óbvia: ganho de peso. Mas tem muito mais. Açúcar em excesso aumenta assustadoramente o risco de doenças cardiovasculares, mais diabetes, osteoporose, doenças inflamatórias, cáries, periodontite, hiperatividade, baixa imunidade, infecções por fungos e cancer. As células de cancer adoram açúcar.
Quanto
posso consumir?
Segundo a American Heart Association, mulheres não devem consumir mais do que 6 colheres de chá de açúcar por dia, e homens não devem ultrapassar 9 colheres de chá. Isto representa o açúcar usado para adoçar o café, mais todo o açúcar escondido em alimentos processados, como refrigerantes, sucos de pacote, sorvetes, biscoitos, doces, balas, bolos, chocolates, pães, iogurtes, bebidas lácteas e de soja, etc. Os açúcares naturalmente presentes na natureza, como o das frutas e legumes, ficam fora desta conta.
Segundo a American Heart Association, mulheres não devem consumir mais do que 6 colheres de chá de açúcar por dia, e homens não devem ultrapassar 9 colheres de chá. Isto representa o açúcar usado para adoçar o café, mais todo o açúcar escondido em alimentos processados, como refrigerantes, sucos de pacote, sorvetes, biscoitos, doces, balas, bolos, chocolates, pães, iogurtes, bebidas lácteas e de soja, etc. Os açúcares naturalmente presentes na natureza, como o das frutas e legumes, ficam fora desta conta.
O grande
vilão
Adolescentes (e muitos adultos também) usam o refrigerante como se fosse água. Uma lata de refrigerante tipo cola (355 ml) contem 39 gramas de açúcar. Ah, tudo bem, só vou tomar suco. Errado de novo, os sucos contem a mesma quantidade de açúcar adicionado que os refrigerantes. E os achocolatados, idem idem. Que tal água? Zero açúcar. Sim, os refrigerantes diet, light e zero também quase não contem açúcar, mas convenhamos, tem muita química lá dentro, assunto para um próximo artigo.
Adolescentes (e muitos adultos também) usam o refrigerante como se fosse água. Uma lata de refrigerante tipo cola (355 ml) contem 39 gramas de açúcar. Ah, tudo bem, só vou tomar suco. Errado de novo, os sucos contem a mesma quantidade de açúcar adicionado que os refrigerantes. E os achocolatados, idem idem. Que tal água? Zero açúcar. Sim, os refrigerantes diet, light e zero também quase não contem açúcar, mas convenhamos, tem muita química lá dentro, assunto para um próximo artigo.
*Um dia
hipotético na vida do adolescente médio
Hipotético porque sabemos que muitas vêzes este consumo açucarado pode ser muito maior, como por exemplo, nos dias de festa, na balada e nos fins de semana.
Café: Leitinho chocolatado (200 ml) – 24 gramas de açúcar
Lanche: suco de pacote (240 ml) – 27 gramas de açúcar + 1 biscoito mini wafer (40 g) – 22 gramas de açúcar
Almoço: feijão, arroz, bife, tomate, 1 lata de refrigerante (355 ml) – 39 gramas de açúcar
Lanche: meio pacote de biscoito passatempo (75 g) – 42 gramas de açúcar + 1 copo (300 ml) bebida de soja sabor abacaxi – 33 gramas de açúcar
Jantar – massa com carne moída, 1 copo (300 ml) de néctar de manga – 39 gramas de açúcar
Ceia – iogurte líquido (200 ml) – 26 gramas de açúcar
Hipotético porque sabemos que muitas vêzes este consumo açucarado pode ser muito maior, como por exemplo, nos dias de festa, na balada e nos fins de semana.
Café: Leitinho chocolatado (200 ml) – 24 gramas de açúcar
Lanche: suco de pacote (240 ml) – 27 gramas de açúcar + 1 biscoito mini wafer (40 g) – 22 gramas de açúcar
Almoço: feijão, arroz, bife, tomate, 1 lata de refrigerante (355 ml) – 39 gramas de açúcar
Lanche: meio pacote de biscoito passatempo (75 g) – 42 gramas de açúcar + 1 copo (300 ml) bebida de soja sabor abacaxi – 33 gramas de açúcar
Jantar – massa com carne moída, 1 copo (300 ml) de néctar de manga – 39 gramas de açúcar
Ceia – iogurte líquido (200 ml) – 26 gramas de açúcar
Mais um
pouco de matemática
24 + 27 + 22 + 39 + 42 +33 +39 + 26 = 252 gramas de açúcar!!!
É tanto açúcar que fiz a conta duas vêzes! E olha que nem falamos daqueles chocolates, balinhas, chicletes, e o bebericar de bebidas doces o tempo todo.
24 + 27 + 22 + 39 + 42 +33 +39 + 26 = 252 gramas de açúcar!!!
É tanto açúcar que fiz a conta duas vêzes! E olha que nem falamos daqueles chocolates, balinhas, chicletes, e o bebericar de bebidas doces o tempo todo.
E os
salgados?
O açúcar se esconde em todos os lugares e se disfarça muito bem. Ele vem sob vários nomes: sacarose, frutose, xarope de milho, dextrose, polidextrose, glicose, xarope de glicose, açúcar invertido, maltodextrina. Pois é, abra o olho, até aqueles petiscos salgados podem fazer com que você extrapole no consumo de açúcar: biscoitos tipo cracker, molhos de salada, molhos para massas, ketchup, pães, sopas, congelados. Leia o rótulo e veja você mesmo.
O açúcar se esconde em todos os lugares e se disfarça muito bem. Ele vem sob vários nomes: sacarose, frutose, xarope de milho, dextrose, polidextrose, glicose, xarope de glicose, açúcar invertido, maltodextrina. Pois é, abra o olho, até aqueles petiscos salgados podem fazer com que você extrapole no consumo de açúcar: biscoitos tipo cracker, molhos de salada, molhos para massas, ketchup, pães, sopas, congelados. Leia o rótulo e veja você mesmo.
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