sábado, 13 de abril de 2013

SÍNDROME METABÓLICA


Alimentação saudável ajuda a reverter a síndrome metabólica
Estudos sugerem que não basta ingerir um alimento saudável. É preciso melhorar toda a alimentação
Pessoas com síndrome metabólica – um conjunto de fatores de risco para doenças do coração, infarto e diabetes tipo 2 – têm uma chance melhor de reverter sua condição se adotarem uma dieta saudável.
As descobertas podem parecer óbvias, mas são importantes porque mostram a relevância do padrão alimentar, em vez do consumo de um alimento isoladamente. Alice Lichtenstein, uma especialista em dieta e saúde do coração da Universidade Tufts de Boston e que não esteve envolvida no estudo, comentou as descobertas.
Uma pessoa tem síndrome metabólica se ela apresentar três ou mais dos seguintes fatores de risco: excesso de gordura abdominal, triglicérides altos, baixo nível de HDL (bom colesterol), pressão sanguínea alta, e alto nível de açúcar no sangue ou diabetes tipo 2.
De acordo com o Instituto Nacional do Coração, Pulmões e Sangue (NHLBI), ter síndrome metabólica dobra o risco da pessoa ter uma doença do coração e quintuplica seu risco de desenvolver diabetes tipo 2.
No estudo, Dr. Tasnime N. Akbaraly, da Universidade College London, analisou com atenção como o Índice de Alimentação Saudável (AHEI) poderia ajudar a reverter a síndrome metabólica.
O AHEI é um conjunto de guias nutricionais publicado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, em 2002. Os guias dão ênfase à ingestão de grãos integrais em vez de grãos refinados, carne branca no lugar de vermelha, muitas frutas, vegetais, nozes e soja.
Estudos têm mostrado que seguir os guias ajuda a reduzir o risco de doenças em homens e mulheres. Akbaraly e seus colegas estudaram 339 pessoas com síndrome metabólica participantes do segundo estudo Whitehall, uma longa investigação sobre a saúde de funcionários públicos britânicos. Somente um quarto dos participantes era do sexo feminino, e a idade média era de 56 anos.
Após cinco anos, cerca de metade não tinha mais síndrome metabólica. Pessoas que tinham aderido às diretrizes, descobriram os pesquisadores, eram duas vezes mais propensas a reverter o quadro da síndrome.
Para pessoas com obesidade central, definida como circunferência abdominal acima de 102 centímetros para homens e 88 centímetros para mulheres, aqueles com a dieta mais saudável eram quase três vezes mais propensos a se recuperarem da síndrome metabólica.
A alimentação saudável também apresentou um efeito relevante em pessoas com níveis de triglicérides altos. “Não se trata de focar em componentes individuais de uma dieta”, afirma Lichtenstein. “É realmente o pacote todo, e isso se torna importante porque significa que se uma das recomendações da dieta saudável é comer mais frutas e vegetais, não basta comprar uma pílula com extrato concentrado de frutas e vegetais. Isso não vai ajudar”, disse.
"Isso não significa que se você borrifar aveia no topo do seu sundae vai obter os benefícios dos cereais integrais", acrescentou.
Além de comer bem, Lichtenstein disse, as pessoas não devem esquecer que a atividade física regular também é um componente chave para manter a saúde do coração.
 

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