Associação britânica lista as cinco piores dietas 'da moda'
A tentação de sucumbir a dietas radicais é grande; veja o que os especialistas desaconselham
Com a aproximação das festas de fim de
ano e do verão, cresce a tentação em sucumbir a dietas
radicais para perder peso. Mas muitas das dietas "da moda", ainda que endossadas
e praticadas por celebridades, são pouco recomendadas por especialistas.
A Associação Dietética Britânica (BDA, na sigla em inglês) divulgou
esta semana a lista (compilada anualmente) das cinco dietas que considera mais
"suspeitas", a serem evitadas pelas pessoas:
5) A dieta do livro 6 Weeks to OMG
O título do livro de Venice A Fulton pode ser traduzido como "Seis
semanas para que você diga 'Oh meu Deus'". O adendo promete: "Fique mais magro
que todos os seus amigos". O regime, explica a BDA, sugere exercícios físicos
cedo pela manhã (depois de uma dose de café preto), seguidos de um banho frio
para estimular o corpo a queimar gordura acumulada. Café da manhã, só mais
tarde, às 10h. O autor argumenta que "algumas frutas bloqueiam a perda de
gordura", rejeita pequenas refeições ao longo do dia e defende as proteínas.
A BDA, no entanto, diz que ninguém terá "o tempo e a energia de
seguir essa dieta" e critica o livro por "selecionar pesquisas em vez de
(oferecer) uma visão equilibrada de como a rotina de muitas pessoas não consegue
acomodar" os mandamentos do autor. Também defende a inclusão de um "café da
manhã" saudável e se opõe ao caráter "competitivo" da dieta, alegando que ele
estimula o "comportamento extremo".
4) Dieta da "Alcorexia"
É apontada como uma dieta comumente praticada por top models e celebridades,
por consistir em ingerir pouquíssimas calorias durante o dia para "guardar"
espaço para ingerir grandes quantidades de álcool. A dieta é chamada de
"loucura" pela BDA, por não fornecer as quantidades adequadas de calorias,
vitaminas e nutrientes necessários para "sobreviver e funcionar".
"Você se sentirá cansado, fraco, sem energia e facilmente irritável", adverte
a associação. "Evitar comida para dar lugar ao álcool é absolutamente estúpido e
pode facilmente resultar em coma alcoólico ou mesmo em morte."
3) Dieta intravenosa, ou "Party Girl IV Drip"
Bolsas de soro são usadas em hospitais para alimentar e medicar pacientes em
hospitais. Mas esse método é usado em uma dieta em que paga-se caro para
receber, de forma intravenosa, uma solução que costuma incluir vitaminas,
magnésio e cálcio.
A BDA argumenta "há poucas provas de que isso funciona". Além disso, os
efeitos colaterais podem incluir tontura, infecções, inflamação de veias e, em
último caso, choque anafilático. Se é para ingerir nutrientes, a organização
sugere que isso ocorra pela via "tradicional": pela ingestão de alimentos e
bebidas saudáveis.
2) Dieta Congênita de Nutrição Enteral (KEN)
Também apontada como uma "dieta de celebridades", a dieta KEN consiste em não
comer nada.
"Em vez disso, durante dez dias de um ciclo, uma fórmula líquida é liberada
diretamente no estômago, por meio de um tubo de plástico que chega até o nariz
do paciente", explica a associação.
A BDA diz, porém, que tubos naso-gástricos foram na verdade criados para
pessoas com doenças crônicas e critica o uso para emagrecimento. A entidade
ressalta ainda um efeito colateral sério: os seguidores dessa dieta
provavelmente terão que tomar laxativos, já que não estão ingerindo fibras.
1) Dieta Dukan
Baseada no consumo de proteínas, divide-se em quatro fases - a primeira
prometendo "resultados imediatos" e as seguintes reforçando e consolidando a
perda de peso. Segundo a BDA, "há pouca ciência por trás" da dieta.
"Ela funciona com a restrição de alimentos, calorias e controle de porções.
Cortar grupos alimentares não é aconselhável. A dieta é tão confusa, rígida e
consome tanto tempo que, em nossa opinião, é muito difícil de ser
sustentada".
A associação agrega que o próprio autor da dieta, Pierre Dukan, "adverte
sobre problemas colaterais como falta de energia, constipação e mau hálito".
Artigo original: www.saude.ig.com.br
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